tag:blogger.com,1999:blog-17205894009677592522024-02-22T06:46:45.896-03:00passo a passoa epifania nas pequenas coisasCris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.comBlogger94125tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-15614242479152138122014-03-31T07:29:00.000-03:002014-03-31T07:29:01.965-03:00A água jorrará
Kevin Day
Em meio ao desencanto crescente e à disseminação da indiferença que corrói os valores mais essenciais neste mundo em que vivemos, vozes dissonantes se fazem ouvir. São vozes de pessoas que acreditam e valorizam a potencialidade do humano, a hospitalidade e cortesia, a solidariedade e a compaixão; acreditam e buscam, sobretudo, a possibilidade de um horizonte de paz.Sobre isso Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-31584656546211200182014-01-31T12:03:00.000-02:002014-01-31T12:03:00.707-02:00can you love the one who...
There’s one in you who’s sweet.
There’s one in you who’s mean.
Can you love them both?
Can you let them both be seen?
Can you love the one who tries?
And love her when she fails?
Can you love the one who lies?
And love the one who wails?
Can you love your tears?
Can you love your worry?
Can you love your darkest fears?
Can you love your fury?
Can you love indifference?
Love the one who Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-67972826699731443412014-01-23T06:00:00.000-02:002014-01-23T06:00:08.040-02:00mar
Aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar
O mar
não parou
pra ser olhado
Foi mar
pra tudo quanto é lado
- Paulo Leminski, viaCris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-55027415688544422312014-01-22T06:00:00.000-02:002014-01-22T06:00:13.930-02:00salmo 138
Iahweh, tu me sondas e conheces:conheces o meu sentar e o meu levantar,De longe penetras o meu pensamento;examinas o meu andar e o meu deitar,meus caminhos todos são familiares a ti.A palavra ainda não me chegou à língua,e tu, Iahweh, já a conheces inteira.Tu me envolves por trás e pela frente,e sobre mim colocas tua mão.É um saber maravilhoso, e me ultrapassa,é alto demais: não posso Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-36906191257180720262014-01-21T10:00:00.000-02:002014-01-21T10:00:00.839-02:00ouvir além das palavras
"A escuta profunda brota de um estado de relaxamento, não do esforço em aparar arestas. Toda a abertura, acolhimento e empatia necessários para ouvir encontram solo fértil ao se oferecer uma postura relaxada.
As pessoas se comunicam em vários níveis. Tudo fala. As roupas, os olhares, a respiração, um jeito específico de se curvar ou se levantar, a forma como batemos as mãos ou os pés. Cada Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-22819657536998278162014-01-21T06:00:00.000-02:002014-01-21T06:00:04.678-02:00fragilidade
Este verso, apenas um arabesco
em torno do elemento essencial – inatingível.
Fogem nuvens de verão, passam aves, navios, ondas,
e teu rosto é quase um espelho onde brinca o incerto movimento,
ai! já brincou, e tudo se fez imóvel, quantidades e quantidades
de sono se depositam sobre a terra esfacelada.
Não mais o desejo de explicar, e múltiplas palavras em feixe
subindo, e o espírito que Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-79479097413316381192014-01-20T06:00:00.000-02:002014-01-20T06:00:00.085-02:00o melhor remédio
O melhor remédio é uma mente sã, um sorriso verdadeiro, um coração tranquilo.
Para toda cura, a Verdade
Para toda conquista, o Respeito
Para todo esforço, a Prosperidade
Para toda desavença, a Compaixão
Para toda dificuldade, a Esperança
Para toda vitória, a Fé
Para todo caminho, a Força
Para toda tristeza, o Abraço
Para todo Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-6967942084242841962014-01-19T06:00:00.000-02:002014-01-19T06:00:01.938-02:00bendita matéria
Bendita sejas tu, áspera Matéria,
gleba estéril, duro rochedo,
tu que não cedes a não ser pela violência,
e nos forças a trabalhar, se quisermos comer.
Bendita sejas tu, perigosa Matéria,
mar violento, paixão indomável,
tu que nos devoras,
caso não te acorrentemos.
Bendita sejas tu, poderosa Matéria,
Evolução irresistível,
Realidade sempre nascente,
tu que a cada momento fazes explodir
as Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-12999074493077048722014-01-18T06:00:00.000-02:002014-01-18T06:00:04.269-02:00é preciso saber aceitar as próprias pausas
Via
"É preciso saber aceitar as próprias pausas. (...)
No fundo, as cartas a Deus são as únicas cartas de amor que devem ser escritas. (...) É preciso ser capaz de viver sem livros e sem nada. Sempre haverá um pedacinho de céu que se pode olhar e um espaço suficiente dentro de mim para juntar as mãos em uma oração. (...)
A minha vida tornou-se um diálogo ininterrupto contigo, meu Deus, um Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-32368661895942083502014-01-17T06:00:00.000-02:002014-01-17T06:00:04.302-02:00pedra
Na pedra recolho
o sol na pedra quente, imóvel.
E o pródigo calor pródigo,
imóvel, ao corpo que se abeira
desse lago plácido.
Sem turbulência a alma aqueço
ao sol e vai-se este calor
à alma que se abeira, imóvel.
É um signo simples, cadência
de água, incandescência e sol
de quem só se encontra
em plenitude ou ânsia
na pedra quente e só.
- Dora Ferreira da Silva , via
Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-28074795574909097462014-01-16T14:00:00.001-02:002014-01-16T14:00:05.032-02:00ser no presente
Quem se senta e fica imóvel imediatamente se conecta com o primeiro nível de consciência, que fica um pouco abaixo da superfície de atenção do funcionamento cotidiano da mente. Trata-se de uma dura constatação, a do grau de indisciplina e inquietude de nossa mente (...). Santa Teresa comparava isso a um navio cuja tripulação se amotinou, prendeu o capitão e se revesa caoticamente no comando Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-15638712053413926882014-01-16T14:00:00.000-02:002014-01-16T14:00:04.596-02:00nossa senhora do silêncio
Escultura: José Ismael
Às vezes quando, abatido e humilde, a própria força de sonhar se me desfolha e se me seca, e o meu único sonho só pode ser o pensar nos meus sonhos.
É então que me interrogo sobre quem tu és, figura que atravessas todas as minhas antigas visões demoradas de paisagens outras, e de interiores antigos e de cerimoniais faustosos de silêncio.
Visito contigo regiões que Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-37273551505274465622014-01-16T10:00:00.000-02:002014-01-16T10:00:02.581-02:00murar o medo
Bansky
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já eram para me guardarem, servindo como agentes da segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-50826647758644944052014-01-16T06:00:00.000-02:002014-01-16T06:00:12.112-02:00creio na minha fome
Creio na minha fome
na demanda de todas
as fomes
e em seus atributos
de espanto e loucura
creio na substância
infinita
e em seus possíveis
modos transparentes
e fugazes
creio no corpo feminino
nas formas nuas
que me salvam
do silêncio
creio nos pássaros
que voam
bêbados de ocaso
creio nas rochas
que fundam
minha esquiva paisagem
creio nos horizontes
do nada
em que deus trava
para sempreCris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-52303471865507558152014-01-15T18:00:00.000-02:002014-01-15T18:00:03.584-02:00canção de alta noite
Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.
Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.
Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.
Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.
Andar...Perder o seu passo
na noite, também perdida.
Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.
Andar... - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-84070023285955394762014-01-15T14:00:00.000-02:002014-01-15T14:00:00.235-02:00a revolução, fora e dentroScarpini
Amanhã você vai sair — ou voltar — às ruas e fazer a revolução.
Sem medo, sem máscara, vai dizer “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite” a todos os conhecidos e desconhecidos que passarem por você. No elevador, no estacionamento, no ônibus, na fila da padaria. E se ninguém responder, não importa. Você vai manifestar um sorriso largo como uma avenida e seguir em frente.
Porque é para Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-52031815452604435332014-01-15T10:00:00.000-02:002014-01-15T10:00:02.458-02:00os dois reis e os dois labirintos
Contam os homens dignos de fé (porem Ala sabe mais) que nos primeiros dias houve um rei das ilhas da Babilônia que reuniu arquitetos e magos e ordenou-lhes a construção de labirinto tão surpreendente e sutil que os varões mais prudentes não se venturavam a entrar, e os que entravam se perdiam. Essa obra era um escândalo, pois a confusão e a maravilha são operações próprias de Deus e não dos Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-69777503763865703612014-01-15T06:00:00.000-02:002014-01-15T06:00:08.722-02:00tudo, todos e o todo
Somos feitos de barro e de fogo
e por isso somos o desejo e o amor.
Fomos feitos de terra e de água
e assim somos eternos como a vida
e somos passageiros como a flor.
Somos a luz, a sombra, o clarão, a escuridão
a memória de deus, a história e a poesia.
Somos o espaço e o tempo, a casa e a janela
e a noite e o dia, e o sol e o céu e o chão.
Somos o silêncio e o som da vida.
O estudo, a Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-14756927586318896552014-01-14T18:00:00.000-02:002014-01-14T18:00:03.674-02:00deus é silêncio
Via
"Mestre Eckhart diz que não há nada tão parecido com Deus quanto o silêncio. A razão disso é que o silêncio não é apenas a ausência de ruído. Quando meditamos, procuramos um tempo e um lugar tranquilos, externamente silenciosos, mas não é isso que esse silêncio realmente significa. Silêncio é atenção. Quando prestamos atenção a algo, mas prestamos atenção de verdade, estamos sendo Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-33012301498522107782014-01-14T14:00:00.000-02:002014-01-14T14:00:02.473-02:00unidade na diversidadeCris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-52164126320504358272014-01-14T10:00:00.000-02:002014-01-14T10:00:10.049-02:00volatilidade: interioridade e alteridade no mundo de hoje
Foto: Kenji Aoki
(...) Relações voláteis geram identidades igualmente voláteis. Incertas. Mutantes. Formam-se a partir delas personalidades auto-referenciadas, de uma autonomia não livre, mas compulsiva. São além disso identidades temporárias, que podem ser apagadas e substituídas por outros rótulos. A memória, atrofiada pelo ritmo da vida líquida pós-moderna, ensina que esquecer é o Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-27713179966625959022014-01-14T06:00:00.000-02:002014-01-14T06:00:13.780-02:00invenção de orfeu
Qualquer que seja a chuva desses campos
devemos esperar pelos estios;
e ao chegar os serões e os fiéis enganos
amar os sonhos que restarem frios.
Porém se não surgir o que sonhamos
e os ninhos imortais forem vazios,
há de haver pelo menos por ali
os pássaros que nós idealizamos.
Feliz de quem com cânticos se esconde
julga tê-los em seus próprios bicos,
e ao bico alheio em cânticos responde.
ECris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-55561393238847861282014-01-13T18:00:00.000-02:002014-01-13T18:00:01.796-02:00estado de graça
Barbara Hendricks (soprano) e Roland Pöntinen (piano) na gravação da Ave Maria (Ellens Gesang III) de Franz Schubert. Estocolmo, novembro de 2007.Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-19044619396851116992014-01-13T14:00:00.000-02:002014-01-13T14:00:04.497-02:00uma política dos afetos
A verdadeira tarefa política é a reconstrução de nossos afetos. Inebriados por discussões a respeito de sistemas de normas e instituições, demoramos muito tempo para perceber que a política é, acima de tudo, uma questão de mobilização de afetos. Discursos circulam e levam os corpos a sentirem de uma determinada forma, a temerem certas situações.
A política é a arte de afetar os corpos e de Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1720589400967759252.post-78603923738579393712014-01-13T10:00:00.000-02:002014-01-13T10:00:00.463-02:00a mais longa viagem: rumo ao próprio coração
Observava o grande conhecedor dos meandros da psique humana C.G. Jung: a viagem rumo ao próprio centro, ao coração, pode ser mais perigosa e longa do que a viagem à lua. No interior humano habitam anjos e demônios, tendências que podem levar à loucura e à morte, e energias que conduzem ao êxtase e à comunhão com o Todo.
Há uma questão nunca resolvida entre os pensadores da condição humana: Cris Serrahttp://www.blogger.com/profile/14793855941079165961noreply@blogger.com0